sexta-feira, 2 de março de 2007

A Brancura da Neve

Em quase todas as manhãs de inverno, conseguia ver pela janela embaciada do meu quarto a neve branquinha a cair na aldeia.
Como a minha casa ficava no cimo da montanha fazia muito frio naqueles dias. Eu adorava sentar-me no parapeito da mesma janela e espreitar lá para fora. Quando terminava de nevar, os telhados, os jardins, as hortas, enfim tudo na aldeia parecia formar um tapete longo e branco: um tapete de neve.
Depois de bem agasalhada, a mãe deixava-me ir lá para fora e o pai ajudava-me a fazer bonecos de neve. Depois lá íamos montanha acima, montanha abaixo a correr contra a suave brisa friorenta. Minha mãe olhava-nos pela janela e eram inúmeras as vezes em que ela sorria querendo dizer que já estava na hora de voltar para casa.
Perto da lareira da sala, que não aquecia muito, ríamos e cantávamos canções alegres e divertidas. Como não havia televisão era assim que nos entretínhamos.
Todos os dias nos deitávamos cedo e eu, antes de adormecer, gostava de olhar para as estrelas que pareciam brilhar só para mim.
Que bonitos aqueles dias que, embora frios e desconfortáveis, eram alegres, e a alegria supera tudo.
Podemos ser ricos, ter uma casa grande,... mas se não formos felizes, o que é que isso interessa?
Agora, que já sou mais crescida, hei-de ensinar a fazer bonecos de neve aos meus irmãos e aos meus primos pequeninos que também gostam de correr contra o vento...

2 comentários:

Anônimo disse...

A tua historia e muito interessante e criativa e conta o que nenhum escritor famoso pode contar. continua assim


parabens!!!

Anônimo disse...

o teu texto esta maravilhoso tem uma historia fantástica e interessante.se nao perderes a tua criatividade no futuro daras uma grande escritora.
pensa nisso.

beijos.